lunes, 9 de febrero de 2015

UNILA: uma Universidade Federal em Foz do Iguaçu


UNILA: uma Universidade Federal em Foz do Iguaçu
Cristiane Grando

Escritora, tradutora, gestora cultural, doutora em Letras (USP) e professora na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

Uma universidade sem fronteiras para a América Latina - esse é o lema da UNILA, universidade federal - brasileira - pública e gratuita, fundada em 2010

Um projeto único no Brasil: ser uma universidade bilíngue. O português e o espanhol são línguas que convivem diariamente na fala e ​na ​escrita de estudantes, professores e funcionários da UNILA, Universidade Federal da Integração Latino-Americana, que funciona hoje em cinco espaços ​em Foz do Iguaçu: UNILA PTI (Parque Tecnológico Itaipu); UNILA Centro; UNILA Jardim Universitário; UNILA Edifício Almada; além da sede administrativa, a UNILA VILA A. N​o​ futuro, todas as atividades educativas, culturais e administrativas serão desenvolvidas num único campus, em nove prédios assinados pelo arquiteto Oscar Niemeyer que estão sendo construídos em terreno doado pela Itaipu Binacional. ​Pensar a América Latina e formar profissionais que conheçam a realidade dos diversos países que a compõem, para que sejam estimulados a propor soluções aos mais diversos problemas atuais levando-se em conta a interdisciplinaridade​ e a multiculturalidade: uma das características​ da UNILA​ é a proposta de ter 50% de estudantes e professores brasileiros e 50% ​provenientes​ dos demais países latino-americanos​ e do Caribe​. Os​ estudantes​ brasileiros podem ​se inscrever para ​estudar ​na UNILA​ através ​da​s nota​s​ do ENEM, com inscriç​ões ​ via SISU. Os estrangeiros devem buscar informações na UNILA, pois cada país apresenta acordos distintos. 

Construída num tripé que valoriza o ensino, a pesquisa e a extensão, a UNILA oferece cursos de graduação e pós-graduação. São estes os cursos de graduação consolidados: Antropologia - Diversidade Cultural Latino-Americana; Arquitetura e Urbanismo; Ciência Política e Sociologia - Sociedade, Estado e Política na América Latina; Ciências Biológicas - Ecologia e Biodiversidade; Ciências da Natureza - Biologia, Física e Química; Ciências Econômicas - Economia, Integração e Desenvolvimento; Cinema e Audiovisual; Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar; Engenharia Civil de Infraestrutura; Engenharia de Energia Renováveis; Geografia - Território e Sociedade na América Latina; História - América Latina; Letras - Artes e Mediação Cultural; Medicina; Música; Relações Internacionais e Integração; Saúde Coletiva. Estes são os novos cursos que iniciam em 2015 -Bacharelados: Administração Pública e Políticas Públicas; Arqueologia; Artes Cênicas; Biotecnologia; Ciência da Computação; Design; Engenharia de Materiais; Engenharia Física; Engenharia Química; Farmácia; Jornalismo; Serviço Social; -Licenciaturas: Artes Visuais; Ciências Biológicas; Educação do Campo; Educação Intercultural Indígena; Filosofia; Geografia; História; Química; Letras - Português / Espanhol; Matemática; Música; Pedagogia.

Os links e contatos para mais informações são: 


Aline Oliveira entrevista Cristiane Grando sobre seu novo livro "Arvoressências"


Aline Oliveira entrevista Cristiane Grando
Aline Oliveira entrevista Cristiane Grando sobre seu novo livro “Arvoressências”. Fique em Evidência. Ed. 55, Ano 4. Cerquilho, fevereiro de 2014, p.28.

Cristiane Grando
Professora na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), em Foz do Iguaçu

1.       Quando você percebeu que seria escritora?
Em 1992, quando cursava o primeiro ano da faculdade: Letras na USP (Universidade de São Paulo). Tinha aulas de Literatura com o professor Joaquim Aguiar e decidi, naquele momento, ser poeta. Na escola, adorava fazer redações, em especial narrativas. Quanto mais escrevia, mais tinha desejo e facilidade para escrever. Foram doze anos de muito treino de escritura antes de publicar o meu primeiro livro, "Caminantes", em 2004.
2.      Em dezembro de 2014, junto com o poeta Mauricio Vieira, você lançou o livro "Arvoressências" em São Paulo e no Rio de Janeiro. Como está a repercussão da obra?
Celebro dez anos do primeiro livro publicado com uma alegria enorme ao ver o "Arvoressências" impresso com o selo de uma editora brasileira, a Editora de Cultura, de São Paulo. Fiz várias autoedições no Brasil e na República Dominicana, e hoje tenho editoras que me publicam nesses dois países, na Espanha e na Argentina, onde sairá o próximo livro de poemas, o "Numeralia" (palavra em latim que é título deste livro que será publicado em português, espanhol, francês e guarani pela Editorial Clan Destino). A procura pelo "Arvoressências" - que está sendo traduzido ao francês, espanhol e inglês - tem sido grande e muitas pessoas têm comprado o livro pelo site da editora.*  
3.      E como surgiu a ideia para escrever o livro?
A ideia foi do Mauricio Vieira. Do livro e do site, que vale muito a pena visitar. O site contempla poemas de várias épocas, de estilos literários diversos, de autores brasileiros e estrangeiros.**
4.      O que você espera despertar nos leitores através do livro "Arvoressências"?
Amar as árvores e em especial a Natureza. Cuidar do planeta, que é nossa casa, para que tenha vida longa e saudável, assim como todos nós deveríamos ter. Nossa preocupação com a saúde do corpo, da mente e do planeta deveria ser constante: como nos alimentamos e o que comemos; como evitamos criar lixo e como usamos a criatividade para reciclá-lo (separar o lixo; enterrar o lixo orgânico, no caso de que haja quintal em casa; reformar roupas e objetos, doá-los a quem necessite; doar brinquedos; criar artesanato e obras de arte com o que poderia ir para o lixo etc.). Enfim: ser consciente do que consome e dar preferência a consumir produtos nacionais e, em muitos casos, produtos locais, o que favorece o desenvolvimento da sua comunidade.
5.      Enquanto escritora e professora, você deve ler muito. Quais são seus livros e autores preferidos?
"Estrela da vida inteira" de Manuel Bandeira. "Amavisse", "Alcoólicas", "Cantares do sem nome e de partidas" e "Da morte. Odes mínimas" de Hilda Hilst. Poemas de Carlos Drummond de Andrade e de Manoel de Barros, além dos poemas em prosa de Charles Baudelaire (poesia francesa).